Escala de 12h em Nova York

Em Setembro de 2018, quando viemos aqui para a Itália, estava bem difícil de achar um voo legal e com um preço decente. Foi assim que a gente acabou decidindo aproveitar uma escala longa (e o bom preço de uma passagem da Delta) para dar um rolê em NY ?, já que o visto não era mais muito problemático, como explicamos aqui nesse post.

Então a primeira coisa que veio na cabeça foi:

Será que dá tempo de ver alguma coisa? 

Conversando com alguns amigos que já conheciam a cidade e lendo coisas em diversos blogs, chegamos a conclusão de que era o suficiente para ter uma vista geral, e sinceramente, melhor do que nada! Então começamos a trabalhar em nosso breve roteiro.

Pegamos um voo GRU → JFK, de aproximadamente 10h. Tenho que dizer, inclusive, que voo foi bem massa. Delta surpreendeu positivamente.

Chegamos em Nova York por volta das 6h, no horário local, e fizemos uma espécie de pré check-in em umas maquinas de auto atendimento. Apresentamos os documentos num guichê e fomos liberados. Tivemos que retirar as malas e despachar elas logo em seguida, meio chato mas sem grandes problemas ( embora a imigração americana tenha aberto uma de nossas malas que praticamente só tinha livros ¯\_(ツ)_/¯ ).

Após sermos liberados das burocracias, começamos nossa jornada por volta das 7h. Tendo em vista que nosso voo para Milão estava marcado para as 18h30, estávamos mais ou menos planejados para as próximas 10h.

Metrô direto para Manhatan

O aeroporto fica no Queens e a gente queria mesmo era gastar nossas poucas horas em Manhattan, afinal já que não ia dar para ver tanta coisa assim, fazia mais sentido ver tudo que tem de mais turistão mesmo. Por isso pegamos o trem que conecta o JFK ao metrô e de lá seguimos até a estação Fulton St. O metrô de NY tem umas coisas meio diferentes no funcionamento (esse post ajudou bastante a gente).

Já tínhamos recebido a dica de que as quadras em NY são muito grandes, e como tínhamos pouco tempo, a melhor saída era o metrô mesmo.

World Trade Center Memorial

Senti uma estranha sensação de familiaridade ao desembarcar. Acho que em parte porque todas as megalopolis tem algo em comum e depois porque não foram poucos os filmes que assisti nesse cenário, né? Hollywood tá ai pra isso.

Enfim, chegamos ao nosso primeiro ponto turístico, o World Trade Center memorial. Mesmo sem ter estado ali antes, o vazio das duas torres é bem marcante. A gente dividido entre a alegria de estar no lugar e a tristeza do que ele representa, tenta não sorrir demais nas fotos.

Essas
São duas fontes gigantes, colocadas simbolicamente no lugar onde antes estavam as duas torres.

Fizemos uma breve pausa numa cafeteria chamada Bean & Bean (só porque a Starbucks era exatamente igual a qualquer outra, e queríamos novidades, haha) depois seguimos para a Wall Street.

Wall street

Fizemos o ritual do famoso Touro e tiramos fotos com a valente garotinha que o enfrenta ??. Acho que tirando isso não tem muito para fazer ali mesmo. Então seguimos a pé até a ponta da ilha (Lower Manhattan), de onde saem as barcas e dá para ver a estátua da liberdade de longe.

Como não tínhamos tanto tempo, nem cogitamos ir até a estátua mesmo, só olhamos dali de longe e a essa altura (umas 10h) a cidade já começava a fever num sol de mais de 30ºC. Viva o verão.

Estátua da liberdade vista de Lower Manhattan, bem pequenininha.
Estátua da liberdade vista de da ponta de Manhattan, bem pequenininha.

Pegamos o metrô novamente e descemos na nossa quarta parada:

Times Square

No coração da Big Apple ? com um milhão de letreiros luminosos, ficamos ali na praça uns minutos olhando os verticais de vidro espelhado.

No caos visual da Times Square

A gente queria ir na famosa loja de brinquedos FAO Schwarz, mas infelizmente estávamos alguns anos atrasados, porque em 2015 ela fechou as portas e acho que reabriu em outro lugar, mas com outro formato. Para nosso consolo tinha uma loja incrível da M&M’s.

Loja M&M’s

Super divertido e “volta a infância”. Demos uma volta, compramos uns M&M’s coloridos, agradecemos o ar condicionado e seguimos viagem.

Rockfeller Center

Fomos andando até o Rockfeller Center, que na prática é uma famosa galeria comercial e tem também o Top of the rock, que já foi um dos maiores prédios de NY e tem um terraço de onde dá pra ver a cidade inteira. As filas para o terraço eram gigantes e nem tínhamos tempo para isso. (De qualquer forma, se vc quiser ir ver, me parece que comprar com antecedência é uma boa escolha).

Era cerca por volta das 12h já e na nossa lista de coisas que queríamos ver só faltava o Central Park. Como é um parque gigantesco precisamos escolher alguma parte dele. Como dois fãnzocas de Beatles, nem pensamos muito e escolhemos o West Side, mais especificamente onde fica o Strawberry Fields, um mosaico feito em homenagem ao John Lennon. Porem vimos que perto dessa entrada fica o Museu de História Natural!

Então decidimos pegar outro metrô do Rockfeller Center até a 81 Street-Museum of Natural History Station, para pelo menos passar na porta e dar uma olhada.

Museu de história natural

Para nossa grata surpresa, descobrimos que os famosos fósseis de dinossauros ficam no saguão de entrada, que é onde tem a bilheteria e tudo mais, por isso tem o acesso livre. Bom, na verdade não sei se são fosseis ou réplicas, mas o importante é que entramos para ver essas belezinhas também 🙂 #jurassicParkFanAlert

Strawberry Fields (Central Park)

Dali seguimos para a entrada do Central Park e sentamos nos bancos em volta do Strawberry Fields para dar uma descansada.

É mais uma das coisas brutais da cidade né. Esse monumento foi feito alí porque o prédio onde o John morava era bem pertinho daquela região, e dizem que ele sempre estava naquela parte do parque nos anos em que morou na cidade. Foi também ali perto, quando saindo de casa, ele foi baleado. Então acabou sendo bem simbólico andar por ali.

Demos mais uma circulada pelo parque para ver a icônica Bow Bridge também e como já era umas 14h e estávamos bem cansados também, voltar, comer alguma coisa e esperar o voo lá no aeroporto mesmo.

Foi de fato longo caminho de volta, e depois de algo como uns 18 mil passos dados e mais de 12km de caminhada (segundo meu relógio), capotamos no metrô, praticando a modalidade olímpica chamada: revezamento de cochilos.

No final não achamos o Shake Shack, uma rede de fast food que eu estava afinzão de conhecer e que deveria estar em algum lugar do aeroporto. Acabamos comendo em um restaurante que era mais legal no visual do que na comida. Acontece. (PS, o Shake Shack e vários outros lugares para comer, ficam junto com os portões de embarque, então pode entrar na área de embarque sem medo de passar fome).

Ciao Ciao NYC!

No final das contas o voo atrasou umas 2h quase, e também por isso gostamos menos da Delta nesse trecho JFK → MPS. Mas a experiência como um todo foi incrível, e é claro que não esperávamos conhecer a cidade inteira em tão pouco tempo, mas acho que deu para sentir um gostinho e nos deixar com mais vontade de voltar.

Então eu digo sem dúvida, se tiver a oportunidade de ficar umas horinhas em NY, vai fundo, apesar de cansativo foi um ótimo dia 🙂

Ingressos

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